[...]
- E que uma palavra ou gesto, seu ou meu, seria o suficiente para modificar nossos roteiros.
- Mas não seria natural.
- Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
- Natural é encontrar. Natural é perder.
- Linhas paralelas se encontram no infinito.
- O infinito não acaba. O infinito é nunca.
- Ou sempre.
[...]
Caio Fernando Abreu, Morangos Mofados.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
domingo, 19 de agosto de 2007
quando nem sempre é opcional.
E é nos dias frios e chuvosos que mais se sente sua presença.
Ao sair da cama e encostar os pés no chão frio, fitando o vazio do quarto. No silêncio fúnebre do fim da madrugada, na névoa que encobre a calçada. Na noite que ainda ecoa em cada cômodo, na janela embaçada.
Ao respirar e nada mais escutar além do ar gelado entrando pelas narinas. No andar vago, olhar perdido. No cheiro de mofo nas roupas, café velho na garrafa. Nos jornais acumulados ao pé da porta, notícias passadas.
Ao tocar Beth Gibbons, e apenas ouvir. Na camisa esquecida, jogada pela casa. Nas paredes cinzas, marcadas pelo vermelho já envelhecido. Na água que cai lá fora e molha os pensamentos.
A solidão, como fiel companheira.
Ao sair da cama e encostar os pés no chão frio, fitando o vazio do quarto. No silêncio fúnebre do fim da madrugada, na névoa que encobre a calçada. Na noite que ainda ecoa em cada cômodo, na janela embaçada.
Ao respirar e nada mais escutar além do ar gelado entrando pelas narinas. No andar vago, olhar perdido. No cheiro de mofo nas roupas, café velho na garrafa. Nos jornais acumulados ao pé da porta, notícias passadas.
Ao tocar Beth Gibbons, e apenas ouvir. Na camisa esquecida, jogada pela casa. Nas paredes cinzas, marcadas pelo vermelho já envelhecido. Na água que cai lá fora e molha os pensamentos.
A solidão, como fiel companheira.
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