segunda-feira, 2 de maio de 2011

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agora aqui: http://vodksemgelo.blogspot.com/




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quarta-feira, 16 de março de 2011

do início ao sempre

olha, você pode não ter sido a melhor coisa que já me aconteceu, mas sem dúvida foi a mais bonita. não queria usar a palavra especial, mas talvez seja a noção mais exata. a noção de incrivelmente singular até este determinado momento de minha [ou talvez da nossa] existência que, possivelmente, tenha nascido junto a essa sua capacidade de aflorar e intensificar cada ideia de bons sentimentos que me cabia, algo tão característico seu. é, ideia. porque até então era apenas isso que eu me permitia ter. tudo aconteceu muito ao seu tempo, mas à determinada altura fui arrebatado pelo seu altruísmo voraz, o que me fez repensar sobre boa parte do que guardei do mundo em mim. foi assim que pude aprender o máximo de mim, sendo o meu melhor todas as vezes que segurava sua mão. eu diria que a vida não poderia ser ainda mais bela, em nenhum momento da história. mas sentir-se completo às vezes custa um preço bem alto, que eu descobri estar disposto a pagar, caso seja novamente você. caso sejamos nós, porventura.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

do velho safado

if I never see you again
I will always carry you
inside
outside

on my fingertips
and at brain edges

and in centers
centers
of what I am of
what remains.



- Charles Bukowski

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

y de noche,
por la noche,

recordarás.



si ahora tú tevas
pronto descubrirás
que los días
son eternos
y vacios


sin mí.

sábado, 6 de novembro de 2010

le gris

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feche os olhos, respire fundo e sinta todo e cada estalo do que se foi.
recorra ao silêncio e desperte de vez das memórias do irremediável.
sinta os ares do tempo que se expande, e do infinito que se aloja.
apenas não esqueça de levantar vôo.
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.
.
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terça-feira, 19 de outubro de 2010

all that crap

"YOU FUCKING DIE!", I said.
I said "YOU FUCKING DIE!"




you know what I mean?

sábado, 25 de setembro de 2010

luz apagada

o vento gélido da madrugada alcançou sua cama e sua alma, tocou sua face e a fez acordar. às 3h uma força vital ainda entranhava-se em seus músculos e ossos. levantou-se da cama e, durante algum tempo, manteve-se sentada com o cobertor aquecendo seu corpo, instalada na escuridão do seu quarto. os pés descalços tocaram o chão frio e puseram-se a caminhar, à procura de algum refúgio ou bebida quente. então dirigiu-se à varanda, levando consigo alguns cigarros e abismos. debruçou-se sobre a quietude da noite, olhou para o céu negro e encarou as estrelas, que brilhavam com exuberância. fechou e abriu os olhos lentamente. acendeu um, dois, três cigarros, fitando a fumaça que saía de sua boca. isso a manteve aquecida e distraída por algum tempo. mas sua mente continuava inquieta, assim como suas mãos e seus anseios. resolveu, então, andar. a passos curtos e incertos, percorreu caminhos estreitos e tortuosos da sua mente. o tempo todo topava com antigas lacunas, dúvidas abandonadas. sabia, talvez, que nunca haveria uma resposta sequer pr'aquele turbilhão de inconstâncias e aflições, e isso a deixava com um sentimento perturbador de vazio. questionava-se a possibilidade de haver algum sentido que preenchesse com precisão a resposta para todos esses e aqueles atos, consciente ou inconscientemente, realizados. acendeu o último cigarro. às vezes se deparava à beira de uma fronteira mental e moral, do certo e do errado, do bom e do mau, da dor e da cura. mas como diferenciar esses extremos, perguntava-se. a única coisa que ela sabia a respeito disso era que um dependia da existência do outro para também existir. então onde estariam as respostas para todas essas dúvidas? talvez nem tudo devesse ser esclarecido, pensou. não sabia ao certo. também não mais importava, estava cansada demais para continuar divagando. caminhou de volta até o seu quarto e trancou a porta. o noite começou a ir embora. deitou-se em sua cama, fechou os olhos e adormeceu. o mundo desperto apareceu novamente, lá fora.

sábado, 3 de julho de 2010

onde o que eu sou se afoga

Ultrapassou a caixa torácica e sente, novamente, a brisa leve acariciar as entranhas. Livre.

domingo, 6 de junho de 2010

neruda

"Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo".

sexta-feira, 26 de março de 2010

tempos irremediáveis

nada como aquelas reações puramente humanas, escondidas, pra gente tombar de vez em quando, ein! porque, surpreendentemente, uma hora vem à tona. mas aí, se você tiver sorte, elas voltam a ficar submersas, dissimuladas. na verdade não sei bem se há sorte nisso, apenas vivencio a desvantagem de saber que não se sabe, nem agora nem nunca, lidar com isso.


ou é oito ou oitenta. ficar no meio termo deixou de ser sinônimo de astúcia.

terça-feira, 14 de julho de 2009

sinuca de bico

[...]

- Eu só espero que você ainda tenha amor por mim, independente da forma, entende?
- Se não me deixar pra lá, vai ficar sem aquele cara que te ama incondicionalmente. Se me deixar ir, corre o risco d'eu nunca mais olhar pra você com os mesmo olhos. Você é diferente, sempre foi. Não sei o porquê, inclusive já desisti de tentar entender. Assim como já desisti de tentar adormecer isso, ou alimentar. Resolvi deixar ir...
- Eu vou perder, nos dois casos. Mas aí eu paro e penso no que seria melhor pra tu.
- E se for o contrário? E se for você que vai embora? E eu ficar esperando, esperando, esperando?
- Desistí de quebrar a cabeça com hipóteses. E o que tu esperaria?
- Não sei bem. O que eu espero hoje em dia.
- E o que tu espera hoje em dia?
- Eu poderia dizer "você", mas não seria um verdade completa. Porque isso não é um pensamento válido pra mim atualmente. Acho que eu espero um fantasma. Um fantasma seu, é o que eu espero.

[...]


"não, meu bem, não adianta bancar o distante.
lá vem o amor nos dilacerar de novo". [C.F.A.]